quarta-feira, 13 de março de 2013

Mestre Wlamir, por ele mesmo - parte 2

Todos nós estamos adquirindo uma enorme dívida com alguns ignorantes que navegam pela internet...

Eles magoaram nosso ídolo maior...

Eles mexeram com o coração do Grande Mestre...

Como o Basquete Brasil não se preocupa com a sua própria cultura...

e esse blog existe para isso...

nós não pedimos licença para resgatar a memória...

nem para homenagear ninguém.

Wlamir Marques postou, no facebook, mais uma crônica, descrevendo parte da sua carreira.

Ele termina afirmando que, excluindo a ESPN, não é mais lembrado para colaborar com o Basquete Brasil...

e que está em dúvida se deve continuar a contar sua história no basquete brasileiro.

É claro que sim!

O estímulo tem que vir de cima!

Espero que nunca mais precise de ignorantes de baixo para que Mestre Wlamir continue a servir o Basquete Brasil.

Reproduzo a postagem sobre parte da carreira de Wlamir Marques, por ele mesmo, no facebook:


OS ALVINEGROS DA MINHA VIDA

Durante a minha carreira atlética joguei oficialmente em 4 clubes. Todos alvinegros. Tive outras participações, mas sem compromisso com treinamentos e performances mais sérias. Não contando obviamente com os 18 anos de seleção brasileira.

Após 1973 parei de jogar profissionalmente, se é que podemos chamar assim. Aquilo que eu recebia para jogar jamais foi uma profissão, era apenas uma ajuda custo. A maior parte do meu salário vinha do meu trabalho extra quadra, foram vários.

Nos últimos 3 anos da minha atividade atlética (71/72/73) eu acumulava a função de técnico e jogador. Eu era o meu próprio técnico. Muitas vezes reclamava de mim mesmo, afinal, ninguém me conhecia tão bem. Sei que isso é muito estranho nos dias de hoje, mas foi assim que tudo aconteceu. O interessante é que ninguém reclamava.

Atuei dessa forma no Corinthians (71/72) e no Tênis Clube de Campinas(72/73). No final de 73 fui contratado pela S.E. Palmeiras para exercer a mesma função (73/74/75). Acabei não jogando, fiquei apenas como técnico. Não tinha mais vontade de continuar jogando basquete. Trabalhava muito como professor de educação física e aquele excesso de trabalho afastou-me definitivamente das quadras. 

Aqui estão os alvinegros:

(1948)- C.R. Tumiaru de São Vicente SP.
(1953/1962)- XV de Piracicaba SP. 
(1962/1972)- S.C. Corinthians Paulista . 
(1972/1973)- Tênis Clube de Campinas SP.

Afirmo que nunca escolhi a cor da camisa. Tudo foi uma linda coincidência. Nunca tinha reparado nisso, só mais tarde é que eu percebi esse acontecimento.

Conto essas histórias sem qualquer promoção pessoal. Com 75 anos não tenho mais nada para promover. Aos indignados leitores digo que eu gostaria muito de continuar colaborando com o basquete brasileiro, entretanto não sou mais lembrado. Isso serve como resposta. A Espn é uma exceção.

O motivo principal desse texto é que nesse ano comemoramos o bi campeonato mundial (59/63). Tenho sido procurado por jornalistas para contar histórias da minha vida e daqueles tempos. Essa é apenas uma pequena colaboração. Só fico na duvida se continuo ou paro por aqui.

Abraços, Prof. Wlamir Marques



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