quarta-feira, 19 de março de 2014

Hélio Rubens


Um título é doce e suave, é muito gostoso mas também efêmero, muito passageiro. Depois que o último torcedor deixa o ginásio, depois da última taça de champanhe absorvida, vocês já sabem. Começa tudo outra vez; Aí alguém vai questionar: Quer dizer então que não compensou tanta entrega e esforço? O que fica disso tudo?
Fica a consciência de que estamos cumprindo a nossa missão, sempre fazendo o melhor em busca de nossos objetivos, buscando incansavelmente desempenhar o nosso papel da melhor maneira possível.
Abraços
Helio Rubens

sexta-feira, 14 de março de 2014

Homenagem ao Hélio Rubens... pelo jornalista Marcelo Calfat... e reproduzida na página da Unitri Uberlândia...


HÉLIO RUBENS GARCIA
por Marcelo Calfat

Hélio Rubens Garcia. Ou apenas Hélio Rubens. O verdadeiro maestro que sabe reger como ninguém a sua orquestra. O comandante. O rígido. Aquele que cobra as jogadas perfeitas, que sabe o que o adversário vai pensar e orienta o seu atleta para prever a reação do marcador. “Não deixa pensar”. Foi o que ele aprendeu com Pedro Murilo Fuentes, o Pedroca, e o que sempre ensinou aos seus jogadores.
Aquele com fala leve quando a ocasião pede. Ou de gritos objetivos e muitos gestos para que o jogador entenda o que ele realmente quer.
O estrategista. O líder que tira energias positivas de seus liderados de onde nem se imagina que existam, para que possam acertar cestas incríveis e virarem jogos que pareciam perdidos.
O de currículo invejável. O maior vencedor de campeonatos brasileiros, com 11 títulos. O melhor atleta do país dos 30 aos 35 anos de idade, em uma época em que quase ninguém jogava depois das três décadas de vida.
Aquele que aos 73 anos tem uma cabeça jovem, mas com uma visão de mundo e de estratégias de jogo de pessoas bicentenárias. Aquele que está muito à frente do nosso tempo. Que é capaz hoje de liderar qualquer equipe de qualquer segmento. Que sabe ser líder, não chefe. Aquele que usa a sua autoridade pelo simples fato de ser. Não o poder.

Supercampeão como jogador. Supercampeão como técnico.
O que falar de um cara que em um ano de trabalho levou um time à final do NBB na temporada 2012/2013? Quantos treinadores passam 3, 4, 5 anos até que o elenco fique entrosado o suficiente para disputar um playoff? E ele em alguns meses conseguiu chegar à decisão.
O que falar de um técnico que na mesma temporada 2012/2013 liderou um elenco desfalcado durante a fase de classificação inteira? E que nem por isso deixou de render.
No ano passado perdemos da Liga Sorobacana, perdemos de Joinville e também do Mogi das Cruzes. E daí? Ganhamos de Brasília, do Bauru e até do São José. Chegamos à final. Lutamos contra 5 gigantes em quadra e quase 20 mil torcedores fora dela. Honramos a camisa. Levamos o nome de Uberlândia para o Brasil inteiro.
Independente do jogo apresentado contra o São José, na última rodada, ou mesmo nas duas outras derrotas em casa – para Goiânia e Paulistano -, um time campeão se faz ao longo de um campeonato. Não em um jogo ou outro.
Hélio é estrategista, um líder nato, sabe motivar os jogadores e mais que isso: sabe exatamente o que faz e como faz. Tomamos uma virada do São José perdendo por 20 pontos? Ah é? E a vitória contra o Franca no campeonato passado, diante de um Pedrocão lotado por 5 mil torcedores francanos fanáticos, com o adversário 20 pontos à frente? Para quem não se lembra, Uberlândia venceu por 75 a 73. E isso não resultou na demissão do técnico adversário.

Falar que o time anda mal em 2014, que não está jogando, que blá blá blá. Quem entende de basquete sabe que o campeonato é muito longo. Perdemos quando podíamos perder. Na fase de classificação, que diferença faz ficar em 4º, em 3º? Temos é que nos manter entre os 4 para classificarmos direto para as quartas. Ponto.
Agora, usar como justificativa a 'falta de foco' de um profissional como o Hélio Rubens? Aí não. Um técnico que traz o elenco de volta às quadras no fim de dezembro, quando os outros times ainda estão em recesso de final de ano, que cobra dos jogadores o mesmo desempenho que teriam ao longo da temporada, mesmo depois de alguns dias parados. É alguém que sabe preparar a equipe a curto, médio e o mais importante, a longo prazo.

Alguém acha que estou falando besteira? Se sim, responda outra pergunta: algum dia você já conversou com o Hélio Rubens, já trocou ideia em um treino, já bateu papo para saber como o time estava, o que ele pensava para a temporada, se o elenco estava completo, se as contratações foram feitas com o aval dele? Imagine contratarem um funcionário para ser seu subordinado na empresa onde você trabalha e você nem ao menos saber quem é a pessoa? Nem ao menos ter ouvido falar dela? Estranho, não? Como seria liderar essa pessoa?
Hélio é um gênio. Independente se perdeu um jogo aqui ou ali. Só quem sabe o que ele já fez na carreira tem noção do que ele é capaz de fazer. Um líder, um professor, um “mágico”, um visionário, um mestre. Um verdadeiro exemplo de humildade e dedicação. É “a” pessoa. É “o” profissional!
Torceremos muito para vir um novo treinador à altura, o que é bem improvável. Só o Hélio levou o Uberlândia às verdadeiras glórias de sua história. Basta analisar o histórico do time. Vice-campeão sul-americano e campeão nacional em 2004. Campeão sul-americano e vice-campeão brasileiro em 2005. Participante da Liga das Américas. Vice-campeão nacional em 2012/2013 e muito provavelmente seríamos campeões brasileiros este ano.
Que outro treinador fez isso? “Ah, mas o time está se arrastando em quadra este ano”. Mentira. O time está entrosado, com preparo físico em evolução e com as jogadas na ponta dos dedos.

“Ah, mas o americano McCants não poderia ter jogado, ele está fora de forma”. Mentira. Ele está com bom nível de jogo, é superexperiente e só está um pouco desentrosado dos demais jogadores. Mas, se não jogar não vai pegar entrosamento nunca.
Quer dizer que você, no trabalho que você desenvolve no dia-a-dia é exatamente do mesmo nível de quando começou na sua carreira? Não, né? Isso porque te deram oportunidade, certo? Imagine se você fosse um eterno “reserva” e nunca te dessem oportunidade? Só quem joga (ou atua na sua profissão, no seu caso) vai ficar mais experiente. O americano tem que jogar, assim como os demais atletas.
A perda é gigantesca. Não só para o time de basquete, mas para a cidade de Uberlândia, para a região do Triângulo Mineiro e para o estado de Minas Gerais. Não, eu não estou exagerando.

Imagine ter um Neymar no seu elenco e demiti-lo porque perdeu um pênalti. É mais ou menos o que estamos vivendo hoje. Não é uma simples demissão. É um divisor de águas na história do esporte uberlandense.

E agora, será que chegaremos à final do NBB? Virá alguém melhor que Hélio Rubens para comandar o time? Eu diria que é bem improvável, não impossível.
Elenco nós temos e eu confio muito nos meus amigos, que são mais do que atletas, mas como se fossem familiares: Valtinho, Helinho, Cipolini, Gruber, Leonardo, Audrei, Robert Day, Zanini, Kurtz, McCants, Rafael, Salsicha, Dida, Luan e Ícaro. Confio nos membros da comissão técnica Brasília, Edicarlos, Luizão, Cinthia, Cardoso, Ricardo, Silas e Dr. Cleber. E nos torcedores, eternamente fanáticos pela equipe.
Confio, muito! Podemos chegar lá. Elenco nós tempos. Só que hoje, com muito pesar, nos falta o comandante.

Deixo ainda uma mensagem do próprio Hélio Rubens, que sirva para mim, para você, para todos nós. Para que possamos, sempre, nos tornarmos pessoas melhores. “No esporte e na vida é assim. Vai fazer a sua oração noturna, pense: como foi a minha vida hoje? O que aconteceu? Naquele momento, na hora da refeição, na hora do trabalho, do passeio? Eu poderia ter sido melhor? Amanhã eu vou fazer melhor! Assim você não para de crescer. E não parando de crescer você vai cumprindo sua missão e o seu destino” (Hélio Rubens Garcia).

Uberlândia deve muito a você! Obrigado Hélio Rubens Garcia! Ou apenas Hélio Rubens.

*Esta é a minha opinião. Cada um pensa do seu jeito e as opiniões divergem. É assim que se constrói uma sociedade melhor e mais madura.

Essa linda homenagem foi retirada da página pessoal do jornalista Marcelo Calfat no Facebook:

Maria Helena... a Rainha Vitória...


PARABÉNS MARIA HELENA!!! 

Hoje o dia é dela, Maria Helena Cardoso, que é sem dúvida uma das pessoas mais importantes para o basquete feminino.

Na seleção brasileira atuou de ala e pivô e fez parte da geração de ouro, conquistando a medalha de ouro no Pan-Americano de 1967, em Winnipeg, no Canadá. 
E foi fundamental na conquista do bicampeonato Pan-Americano em 1971, em Cali, na Colômbia.

Magic Paula... sensacional...