Mestre Wlamir, talvez magoado pelas duras críticas que recebeu por externar o que pensa sobre determinado tema do Basquete Brasil...
(não vou falar qual foi o tema para não desvirtuar a discussão)...
..."Não concordo com o que dizes, mas morro pelo direito que tens de dizê-lo"...
escreveu um texto espetacular resumindo sua vida esportiva.
Por um instante, até absolvo os críticos ignorantes por terem proporcionado ao nosso Mestre a inspiração e a motivação para escrever esse texto:
O COLECIONADOR DE FIGURINHAS
Acompanho o desporto brasileiro desde os meus 10 anos de idade. Nessa época eu era vidrado em colecionar figurinhas de jogadores de futebol. Bastava comprar uma bala e as figurinhas estavam ali, enroladas. Confesso que as balas não eram saborosas, mesmo para um garoto guloso como eu. De gosto duvidoso, quase sempre eram deixadas de lado, afinal, o sabor não era o objetivo principal da compra.
Não posso esquecer que em primeiro lugar era necessário possuir um álbum, sempre distribuído gratuitamente, para depois iniciarmos a colagem dos jogadores nos seus respectivos espaços. Era emocionante quando eu conseguia obter uma figurinha carimbada, sempre muito difícil de encontra-la, mas como tudo dependia da sorte, algumas vezes era sorteado.
O emocionante também eram as trocas de figurinhas. Os garotos se reuniam à fim de exibirem as suas figurinhas repetidas e ali começavam as trocas. Nessas transações sempre encontrávamos algumas figurinhas que nos faltavam. Hoje lembro que nunca consegui completar um álbum. Sempre os fabricantes seguravam algumas figurinhas carimbadas objetivando manter o interesse nas vendas. Como eu não era de família abastada, logo desistia das compras. Também afirmo que nunca soube de alguém que tivesse completado um álbum.
Quando o basquete brasileiro foi medalha de bronze nas Olímpiadas de Londres em 1948, surgiu dali o meu estímulo para a prática da modalidade. Ao mesmo tempo também praticava o vôlei, a natação, o atletismo e o futebol. Fui goleiro, dizem que fui muito bom, será ?
Ainda muito jovem, por recomendação médica fui obrigado a diminuir as minhas atividades físicas. Meu coração estava muito dilatado para a idade. Sendo assim, sem pensar muito fiquei apenas com o basquete.
Dessa forma, em 1948 pisei pela primeira vez em uma quadra de basquete. Lá se vão 65 anos. Parei de jogar em 1973, mas a minha vida sempre continuou ligada ao basquete, seja como atleta, técnico, professor, dirigente, comentarista e torcedor. Quem me conhece mais à fundo sabe das minhas participações dentro e fora das quadras. Nas quadras fui apenas um medalhista olímpico por duas vezes (60/64) e bi campeão mundial (59/63).
Sinceramente, toda a minha vida esportiva deve-se à bola laranja. Como dirigente participei de muitas decisões no basquete brasileiro, desde projetos de massificação até as mais altas projeções futuras. Outro dia li o seguinte: “Porque o senhor ao invés de criticar, não faz algo de bom para o basquete brasileiro”. Analisando bem, devo não ter feito nada de bom mesmo. Acho que estive sonhando e “colecionando figurinhas”.
Abraços, Prof. Wlamir Marques
Wlamir Marques |
O texto disse tudo, se ele nao fez,quem fez entao?
ResponderExcluirZé comédia o fanfarrão que falou do Wlamir. Mestre pode falar
ResponderExcluirQuando e o que quiser. Saúde, fiquem com Deus
Talvez, candidatar-se à uma posição chave, aqui em SP ou na CBB?
ResponderExcluirCriticar é mais facil, algo foi feito e colocamos nossa opinião sobre isto.
Conheço o Professor Wlamir desde muito tempo, eu are um garoto, peguei um apito e sai por ai, como dizem . . .fui entregar um telegrama e virei arbitro.
Porem nunca deixei de contestar e tentar melhorar onde vi que podia, sempre esbarrando no tal "puder", o poder oficial . . .e na famosa frase: "não faça ondas . . .vai atrapalhar o ganho de alguem!"
Agora é hora de formarmos a tal frente ampla e cercar todos por todos os lados, nao tem para onde correr, o basquete vai ou vai . . .principalmente com o Mestre Diabo Loiro!
Abraços a todos e meu muito obrigado
Heron